Em Recife morava com meus avós.
Meu avô Rodolpho, era um senhor baixinho, gordinho e careca.
Um típico avô. Sempre de bom humor apesar da idade e da saúde debilitada. Um doce de pessoa em todos os aspectos.
Leitor voraz de jornais e revistas, recebia diariamente umas 03 edições jornalísticas do Estado.
Eu não vou negar, também lia os jornais, principalmente os classificados, que naquela época não oferecia mulher ainda.
Mas cachorro já ofereciam.
Comecei a busca do cão “besta fera” pra levar pra PDF.
Comecei procurando por um Pastor Alemão, que bonito e dócil não fazia medo a ninguém. Desisti.
Passei para o Boxer. Uma fraude. Medroso que só ele.
Gostei do Doberman, mas disseram que mordia até o dono.
Dei uma pesquisada em uns livros na biblioteca do Colégio Nóbrega, onde estudava e surgiu uma raça que poderia se adequar. O Fila Brasileiro.
Lá pelo final do mês, já tinha gasto quase todos os meus passes de ônibus na busca do Cérbero pauferrense, e ainda não sabia onde achar esse tal de Fila Brasileiro.
Vovô foi quem chegou com a solução:
- Vc viu no Jornal do Commercio? Tem uma exposição de Fila Brasileiro no domingo!
Tinha visto não. Mas anotei a hora e o local, e domingo com certeza eu iria dar uma olhadinha...
Esse impõe respeito |
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