Bem-Vindo!!!

Todos os fatos aqui postados ocorreram da maneira como estão narrados.
Tirando uma mentira ou outra é claro!

sábado, 2 de julho de 2011

AMOR PROIBIDO

No silêncio da noite...
pela vidraça do quarto...
vejo sempre a mesma
estrela brilhando no espaço! 
Será que ela me vê chorando...
será que pensa ser
de dor o meu pranto...
ou até entende que é de saudade...as lágrimas que derramo?
Saudade é dor da ausência...
da ausência física...
da ausência química
que nos envolve e alucina! 
Ausência do calor dos nossos corpos se enlaçando...
ausência do olhar que pede...e...promete...
só olhando! 
Ausência da esperança...
da ternura...
do riso...
da alegria! 
Ausência da paz...
que nos faz de bem com a vida...
com o mundo...
com o amor! 
Ausência de palavras jogadas fora...
ou lembradas para sempre!
Saudade é dor de ausência...
que só acalma e passa...
com o poder
da tua presença!

Me pediram pra postar essa.  Pra quem ? Não sei!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

SÓ ELE É O CENTRO DO UNIVERSO !

Essa chegou no meu e-mail, sem remetente, mas pelo desenrolar da história acho que quem mandou foi o Galego, nosso colega ciclista.

Ptolomeu em 150 A.C. falava que a terra era o centro do universo e que
tudo girava em torno dela, foram precisos cerca de 1400 anos para esta
teoria ser rebatida por Nicolau Copérnico provando para a humanidade
que o Sol sim era o centro.
Eu. Simplesmente eu, descobri em apenas três dias, após 56 anos, que
ambos estavam redondamente enganados: o centro do universo é o cú.
Isso mesmo, o cú!
Operei de hemorróidas em caráter de urgência algumas semanas atrás.
No domingo à noitinha, o que achava que seria um singelo peidinho,
quase me virou do avesso.
É difícil, mas vamos ver se reverte, falou meu médico. Reverteu merda
nenhuma, era mais fácil o Lula aceitar que sabia do mensalão do que
aquela lazarenta bolinha (?) dar o toque de recolher.
Foram quase 2 horas de cirurgia e confesso não senti nadica de nada,
nem sei se me enrabaram durante minha letargia!
Dois dias de hospital, passei bem embora tenham tentado me afogar com
tanto soro que me aplicaram, foram litros e litros; recebi alta e fui
repousar em casa. Passados os efeitos anestésicos e analgésicos, vem a
primeira vez.
PUTA QUI PARIU!!! Parece que você ta cagando um croquete de figo da
Índia, casca de abacaxi, concha de ostra e arame farpado. É um
auto-flagelo.
Por uns três dias dói tanto que você não imagina uma coisinha tão
pequena e com um nome tão reduzido (cú) possa doer tanto. O tamanho da
dor não é proporcional ao tamanho do nome, neste caso, cú deveria
chamar dobrovosky, tegulcigalpa, nabucodonosor.
Passam pela cabeça soluções mágicas:
Usar um ventilador! Só se for daqueles túneis aerodinâmicos.
Gelo! Só se eu escorregar pelado por uma encosta do Monte Everest.
Esguichinho d`agua! Tem que ser igual a da Praça da Matriz, névoa
seguida de jatos intercalados.
Descobri também que somos descendentes diretos do babuino, porque
você fica andando como macaco e com o cú vermelho; qualquer tosse,
movimento inesperado, virada mais brusca o cú dói, e como!
Para melhorar as idas à privada, recomenda-se dieta na base de fibras,
foi o que fiz: comi cinco vassouras piaçaba, um tapete de sisal e sete
metros de corda. Agora sei o sentido daquela frase: quem tem medo de
cagar não come!
Perdi 4 quilos; 3,5 de gordura e 0,5 de cú.
Tudo valeu, agora já estou bem, cagando como manda o figurino, não
preciso pensar para peidar, o cú ficou afinado em ré menor, uma
beleza!
A foda é que usei Modess por 20 dias após a cirurgia e hoje tô
sentindo falta dele!

Novo tratamento já disponível no Hospital Regional


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eu era feliz. E sabia!

Fazenda hoje não dá dinheiro!
Antigamente quem tinha terra era rico!
Bom era no tempo da Fartura!

Essas afirmações ouço todo dia, não desfirmo nem confirmo.
Meu avô era homem rico, possuía um caminhão velho, uma casa e uma.... Fazenda.
Ainda me lembro de sua despensa.  Apesar de muito novo, lembro dos silos de feijão cheios, do arroz a abarrotar os tonéis.  Lembro das cargas de rapadura arrumadas nas prateleiras de madeira, dos queijos de coalho, em cima da tábua pendurada nos caibros com arames, e uma folha de zinco no meio pros ratos não descerem.  Relembro principalmente do caixão enorme de guardar farinha e do barulho da desnatadeira, acionada todo dia de manhã por vovó que girava sua manivela.
Não vou esquecer também do milho e do leite farto, dos ovos e das galinhas, dos porcos no chiqueiro engordados cuidadosamente com milho cozido, dos carneiros que pastavam soltos, da coalhada da manhã e da tardinha, e das latas de querosene cuidadosamente empilhadas.
Só faltava falar da lenha, cujos vários metros arrumados no terreiro, não deixavam dúvidas.  Havia mantimento pra mais de ano.
Isso sim é que era fartura e riqueza.  
Essa “riqueza” todo fazendeiro pode ter ainda no tempo de hoje.
Mas não.
A mulher quer arroz parbolizado, macarrão fortaleza, o bife amaciado e a lingüiça Sadia.
O queijo parmesão ou mussarella fatiado.
O Feijão tem de ser Tio João, e o beiju e a tapioca deram lugar à aveia e bolacha cream cracker.
Das crianças nem gosto de falar.
Só comem se estiver embalado.
Tem nojo de galinha e de ovos caipira.
Não bebem leite, só todynho
E a rapadura não sabem nem o que é.  É bolacha recheada, chocolate, e os diversos tipos de chilitos substituem o saudável queijo de coalho.
Tá explicado.  Fazenda não dá mais nem menos dinheiro do que no passado.
Mas antigamente vivia-se dela.  O que sobrava dava pra alguma coisa.
Mas hoje com o dinheiro que ela dá, não dá nem pra viver, que dirá pra sobrar.
Antigamente, mesmo que quisesse não se tinha o que comprar.  Hoje se vende de tudo um pouco em cada esquina.
Infelizmente o consumismo está nos consumindo aos poucos.
O tempo da fartura era bom, era sim.
Mas tente encher sua despensa hoje com a fartura de ontem... 


Você também é alienado?

terça-feira, 28 de junho de 2011

O SABIDO ERA BURRO? (parte 1)

(Plagiado de um conto de Malba Tahan)

Seu Antonio do Mel, era um pequeno comerciante de secos e molhados lá em Brejo do Cruz na Paraíba.
Corria os anos 50 e seu Tonho, como era popularmente conhecido, anteviu que o futuro era pra quem tivesse estudo.
Economizou e mandou seu filho primogênito, Eduardo, estudar fora.
O primário no Seminário da vizinha Catolé do Rocha.  O secundário e posteriormente a Universidade, na Capital Pernambucana.
O menino esmerava-se no estudo e pelas missivas enviadas se antevia um poeta ou um romancista de mão cheia.
Formado, a cidade entrou em polvorosa.
Dr. Eduardo iria voltar ao seu rincão natal após 16 anos de longos estudos.
Seu Tonho não cabia de orgulho e convidou todo mundo pra uma festa.
Nela, Dr. Eduardo iria mostrar sua oratória à cidade em que nascera.
O grande dia chegou e a população se reuniu para ouvi-lo, inclusive o Coronel Ferreira, figura forte que mandava e desmandava na região, com influencia inclusive nas decisões do Estado, desde que passasse por aquelas bandas.
A chegada de Dr. Eduardo no local, atrasou um pouco em virtude da quebra do Ford de bigode que fora lhe buscar na estação de trem de Patu.
Atrasou mas chegou.
Antes do rega-bofe o Doutor Bacharel iria se fazer ouvido.
Acimou no púlpito e iniciou o bonito discurso.
Falou da modernidade lá de fora, da democracia, do direito ao voto, de condições dignas de trabalho e de salário, e principalmente enfatizou que enquanto os Coronéis mandassem na região nada mudaria, e que o Coronelismo era a maior chaga que infestava o sertão nordestino.
Discurso lindo de se ouvir, o povo aplaudiu menos o Coronel Ferreira que não abriu um sorriso sequer.
Findo o banquete, e já na quentura do outro dia, o filho pródigo resolve sair pra dar uma volta.
Na esquina da Matriz com a rua do Telégrafo, dois homens com cara de poucos amigos lhe cortam o caminho e aplicam uma surra daquelas de escambichar burro acuado.
Transeuntes prestam socorro ao Doutor e lhe levam pra casa.
Quando melhora a situação do enfermo, Seu tonho, com aquela paciência que lhe era característica diz:
 - Meu filho, você estudou muito, com afinco e me orgulho disto.  Aprendeu línguas, oratória, lógica, física e matemática.  Conhece tudo desta terra e das estrelas.  Mas não aprendeu o principal.  Não aprendeu a viver....
- Vá embora novamente, caminhe e converse com o povo, se misture à eles e daqui há dois anos me volte aqui de novo...

(continua amanhã)


Foto do Coronel Ferreira, no auge de seus desmandos e desvarios.


REMÉDIO PRA TARADOS

Nos idos da década de 40, residia lá pelas bandas de Marcelino Vieira, o Coronel Francisco Bento.
Homem já puxado na idade, mas firme como um tronco de aroeira.
Já na sua tenra idade demonstrava a vocação do bode que ia ser.
Não lhe passava nada na frente que não quisesse traçar.
Começou com as galinhas do terreiro, depois se aventurou com as ovelhas do chiqueiro, terminando por emprenhar a mucama que brincava com sua irmã.
Das negrinhas da cozinha, pras beatas que vinham rezar o Pai Nosso nas sextas, foi só um passo.
Tantas fez que seu pai lhe arranjou um casamento com uma contra-parente, na esperança que a “prima” lhe baixasse o fogo.  Contava Chico nessa época com apenas 15 anos de idade.
Até que nos primeiros meses Chico se aquietou.  Porém quem não teve sossego foi a esposa.  Era de manhã, de tarde e de noite, não havia intervalo pra descanso.
Passados um par de anos, Chico volta a atividade normal.
Quando adquiriu sua próprio Fazenda, havida de herança de seu avô, tratou logo de contratar os empregados pra tomar conta daquele fazendão enorme.
Os critérios de escolha logo ficaram claros, quem tivesse mulher ou filha bonita tava contratado.
Nesse ritmo o Cel. Logo formou um harém.  Tanto insistia e tanta lábia tinha, que logo passou por cima de todas na fazenda.
Como não era mau caráter de tudo, quando conseguia o intento, presenteava o marido com uma vaca.
Pela qualidade da vaca se tirava o carinho recebido.  Se era uma vaca parida e boa de leite, a coisa tinha sido boa.  Se era uma novilha magra, o tratamento não tinha sido muito do agrado.
Nem precisa dizer que logo contava talvez mais filhos do que gado na Fazenda.
Contra todos os prognósticos médicos, alcançou os 70 anos.
Os namoros escassearam, já que a lábia não compensava a velhice e falta de beleza.
Mesmo assim não se acabrunhou.
O cabaré de Dona Salete na vizinha cidade de Pau dos Ferros era a solução.
Um dia, ocorreu o que parecia impossível. 
O bingolim do Coronel não funcionou.
E assim permaneceu por muito tempo.
Procurou um médico que lhe diagnosticou a “doença do açúcar no sangue”.
- Vai ter de se aquietar Coronel.  O tempo bom acabou!
O Coronel foi pra casa pensativo e já começou as preparações pro enterro.
- Se não funciono, não preciso mais viver, pensou.
Eis que um dia, pouco antes da data marcado pelo Coronel, para seu “passamento”, chega na cidade um vendedor de remédios milagrosos.
O Coronel se consulta e o santo homem lhe receita um remédio
- Esse é tiro e queda Coronel.  Antes do “serviço” uns quinze minutos, o Sr. espalha por cima do bingolin. 
- Vai ser a melhor de sua vida!
O Coronel agarra a o remédio e se manda pra casa de Dona Salete.
Escolhe a cabocla mais nova e avisa:
- Vim passar a noite!
Entram no quarto e o Coronel imediatamente mergulha o bingolim na poção, que como prometido em 15 minutos está duro como uma rocha.
A festa dura a noite quase toda.
Quando se acorda de manhã, o Coronel dá uma olhada no biscoito e o bicho tá murcho, seco, uma coisa estranha de se ver.
Corre pra Dona Salete meio aflito, mostra a embalagem do remédio e pede pra ela ler o que está escrito.
Dona Salete bota os pincenez nos olhos, aperta a vista um pouco e decifra:
- Calosil.  Remédio para calos.  Endurece, seca, apodrece e cai.


Velho tarado

segunda-feira, 27 de junho de 2011

POUSO FORÇADO - final

O Estol acontece quando a aeronave perde a sustentação, ou seja, quando não tem  velocidade suficiente para continuarr voando. 
É importante nestes casos permanecer atento à velocidade, que deve ser um pouco maior do que a velocidade empregada num pouso normal.
Vindo numa pane de motor vc só tem uma chance.  Perdeu dançou.
Fomos chegando perto do roçado como manda o figurino.  Um pouco alto e com a velocidade acima do normal.  Élder vem cantando a bola:
- 60 milhas55 milhas.
Quando ultrapassávamos as últimas casas de Rafael Fernandes o motor pára de vez, mas nem me preocupo, já não estava servindo pra nada mesmo.
Me lembrei das lições de Dedé, quando estava em treinamento:
- Numa pane não é raro o piloto congelar.  Não fique parado. Pelo menos fale!
O chão se aproximando, Élder calou-se meio duro agarrando nos ferros da fuselagem, e eu fui narrando o final:
- Tá vendo a cerca? Vou levantar o nariz pra passarmos por cima tranqüilo.
- Já viu que tem uma árvore no meio?, vamos um pouco para  esquerda pra asa não bater nela.
Arredondo a aeronave, e sinto os pneus tocando no solo.
Como a velocidade está um pouco alta ela não prega no chão.  Toca e sobe de novo.
Seguro o manche mais um pouco e deixo descer novamente.  Dessa vez ela toca firme e começa a correr veloz.
De repente o pior.  A chuva cavara uma levada que cortava o cercado de ponta a ponta.   Quando avistei já pensei:
- VAI DAR MERDA!
Quando o Astro passou na levada fez um barulho seco: Prááááá´.
A bequilha e o trem de pouso traseiro esquerdo se foram.  Ficaram pra trás.
O que parecia tranqüilo agora se transformara numa corrida sem controle com a aeronave arrastando a barriga pelo chão.
Depois de uns 50 metros que pareceram 50 km, ela parou e descemos rapidamente.
Recuperamos o fôlego e começamos a rir.  Nenhum arranhão graças à Deus.
Voltamos desligamos tudo, retiramos o rádio e os fones de ouvido.
Nisso já vinha chegando gente de tudo quanto era canto, pulando cerca, saindo de dentro do mato, uns de pés, outros de moto...
Uns preocupados se estávamos feridos, outros pelo semblante dava pra ver que estavam decepcionados.
Esperavam encontrar corpos despedaçados e encontraram 2 bestas achando graça, felizes por estarem vivos.
A humanidade é mesmo uma grande bosta.

Élder feliz após o pouso.

Aero socorro Recorel, colocando a aeronave acidentada no hangar