Bem-Vindo!!!

Todos os fatos aqui postados ocorreram da maneira como estão narrados.
Tirando uma mentira ou outra é claro!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O ESCRITOR E O DOIDO

Tive a honra de realizar uma audiência esta semana com o grande mestre François Silvestre.  Advogado e escritor de renome, nos brindou com um dia inteiro de audiências por esta Comarca.  E à presidi-las estava a Dra. Ana, criatura “educada do berço”, como diz o matuto, além de muito bonita.
Pois bem, nem precisa dizer que as audiências foram uma benção.
Lá pelas tantas, já no final, Dr. François solta uma historinha de Dr. Cleodon.  Meia sem graça.  A Dra. ri pra não ser maleducada com o visitante ilustre, e eu emendo outra:

- No tempo de Dr. Cleodon, era comum os pais muito severos, trazerem filhas pra fazer o “teste de virgindade”.  Bastava um comentário ou uma desconfiança por menor que fosse.
Seu Raimundo da Baixa Grande, desconfiou que sua filha Zefinha havia chegado nos finalmentes, com Manoel seu namorado.  Apesar da mesma negar veementemente, trouxe-a pra Dr. Cleodon fazer o dito exame.
Chegando na Casa de Saúde, encontrou um Dr. Cleodon puto da vida por algum problema não declinado, que se negou a fazer o teste.
O pai indignado lhe exigiu que o fizesse, pois se negativo o casório iria sair ainda aquela semana.
O Dr., constrangido entrou na sala, saindo com menos de 1 minuto.  Seu Raimundo, afobado, logo lhe pergunta:
- E aí Dr.?
- Tem rastro de pica por todo canto! Respondeu.

Dr. François olhou pra mim incrédulo e deve ter pensado:
- Esse é doido, vai sair preso.
Dra. Ana fez um ar de surpresa e soltou uma gargalhada bem espontânea.
Bom, preso eu não fui, mas tenho certeza que minha média com o Dr.  François ficou bem miudinha. 

Esse é o Dr. François Silvestre. Conheça-o em vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=nzY5EoLSkRo


E pra não me chamarem de mentiroso taí também a foto de Dra. Ana Orgette

quinta-feira, 21 de abril de 2011

POUSO FORÇADO - 1


Pois bem, vamos voltar à uma outra história que prometi terminar de contar:
No sábado, terminamos de preparar a aeronave, abastecemos e deixamos preparada pra viagem.  No outro dia Brejo das Freiras era o destino.
Convenci minha esposa de que iríamos de carro (Tinha prometido que não mais voaria), e graças a Deus ela não demonstrou nenhum interesse em ir também.
De madrugada Élder passou lá por casa e rumamos para o aeroporto.
Manhã perfeita pra voar.  Aeronave checada, plano de vôo pregado na perna, caneta na mão, cheque de cabeceira, potencia máxima e decolamos.
Élder no comando, e eu atrás só curtindo a viagem e conferindo o plano.
Aeronave aproada no rumo de Brejo, fomos ganhando altitude rapidamente.
Passamos por Marcelino Vieira com o tempo estimado “em cima dos pregos”, adverti Élder, que estávamos “escorregando” pra esquerda, mas ele no comando disse que a proa era aquela mesmo.
Eis que de repente o rádio dá sinal de vida.  Era Jonas que estava voltando do encontro mais cedo.
Combinou com Élder a altitude de ambos, e 6 minutos depois cruzamos com seu Vimana que passou veloz como uma bala.  Cena bonita de se ver.
Nessa altura, o plano de vôo já tinha ido pras cucuias. Nada batia.  Nem distancia nem tempo, e Élder reconheceu que estava perdido.
Eu com um pouco mais de experiência apontei pra um rumo mais a direita, e fomos procurando identificar as cidades próximas.
Conseguimos primeiro identificar Uiraúna, e com um pouco mais de tempo avistamos o que parecia ser Cajazeiras.  São João do Rio do Peixe vimos logo adiante, e na frente dela estava um açude com o campo de pouso a se delinear um pouco antes.
Motor reduzido, iniciamos a descida lentamente em direção ao açude que havíamos tomado como ponto de referência.
500 pés de altitude curva à esquerda, e já coloco os pés nos pedais e a mão no manche.  Qualquer problema assumiria o comando.
Outra curva à esquerda.  A pista fica lindamente aproada e Élder inicia a final pra pouso.
O vento apesar de não estar tão forte, balança a pequena aeronave que teima em querer escorregar pra o lado.
O comandante aplica o pedal contrário, corrige a tendência, tira motor e o chão começa a se aproximar rapidamente.
Próximo do solo, um toque no acelerador e o motor ronca forte, diminuindo a velocidade de descida.  Uma arredondada e a aeronave toca a pista.  Bom pouso!
Não se faz necessário nem tocar nos freios.  Deixa-se a aeronave correr livre até o pátio onde estavam estacionadas outras 10.
Motor desligado, saímos.
Certeza que seria um domingo maravilhoso.



Para os que não sabiam, Exupéry era piloto e desapareceu em 31 de julho de 1944, durante uma missão militar que partiu da ilha da Córsega, no sul da França.  Ironicamente, o Piloto Alemão que o abateu era fã de seus livros.



terça-feira, 19 de abril de 2011

HOSPITAL

Depois que assumi uma das direções do Hospital, é uma notícia desalentadora por cima de outra.
Cumpade Aldemir vendo que a situação estava feia, me pegou pelo braço e levou pra Natal pra uma conversa com sua irmã Terezinha.
Finalmente um técnico me apontava possíveis soluções à curto e médio prazo.
No final da conversa ela me pegou pelo braço e disse:
- Trabalhar na saúde é gratificante, vc vai sentir uma satisfação pessoal muito grande pelo serviço que vai poder prestar.
 Eu muito prático já pensei:
- Satisfação pessoal eu vou ter é quando der pra fechar as contas no final do mês!
Pois bem.  Nesta semana internou-se um menino de uns 7 anos de idade.  Tinha ingerido uns 3 kg de acerola com semente e tudo.
Tava privado. Já vinha de uma outra unidade de saúde onde tentaram extrair o produto de forma atabalhoada causando mais dor e sofrimento na criança.
À noite em visita às enfermarias encontrei o jovem sozinho no quarto, largado na cama, gemendo de dor e a mãe ausente fumando um cigarro.
No outro dia fui no Dadá, comprei R$ 6,00 daqueles brinquedinhos chineses e trouxe pro interno.
Precisavam ver a alegria nos olhos.  Coincidência ou efeito dos medicamentos em 2 dias recuperou-se inteiramente, e hoje quando fui visitá-lo a cama estava vazia.
Recebeu alta à tardinha.
Pois é, descobri na prática, que a satisfação pessoal à que Terezinha se referiu existe mesmo.

MORRAM DE INVEJA

Recebi ontem uma surpresa.
Enviada por Benilton, chegou uma camisa do Rapaduras.
Como diz Hebe, linda de viver.
Essa só uso em ocasiões especiais.