Bem-Vindo!!!

Todos os fatos aqui postados ocorreram da maneira como estão narrados.
Tirando uma mentira ou outra é claro!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

OITICICAS ADQUIREM AMBULANCIA

Os oiticas desta vez resolveram investir alto.
Pra garantir a segurança nas pedaladas, uma vez que o grupo é constituído em sua maior parte de senhores que há muito já entraram nos “entas”, a turma fez uma cota e adquiriu com recursos próprios, uma ambulância.
O veículo possui todos os equipamentos de reanimação cardiopulmonar, e uma enfermeira gostosa pra acompanhar nas pedaladas.
A cerimônia de entrega será na próxima sexta feira com a presença do Excelentíssimo Sr. Prefeito, bem como as demais autoridades da área de saúde do Município.
Contamos com vossa presença para abrilhantar o evento.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Serrinha dos Campos - 3

E fomos subindo.  Quando terminamos o primeiro alto, o resto da turma nos acompanhou.
Márcio que tava na moto adiantou-se do grupo.
No segundo alto o negócio já foi ficando mais pesado.
Eis que chegou um que tivemos que parar pra discutir como subiríamos.
Cleodécio já foi dizendo que não dava pra subir e colocou a culpa nos pneus.  Um tal de Levorin Praieiro, que eu, ele, Lafaiete e Fernando usamos nas bikes.  E pior, adiantou que se subisse não dava pra descer.  Que os pneus eram lisos e quando freássemos nas pedras soltas era queda na certa.
- Que conversa é essa rapaz, passe a primeira e vamos subindo que dá certo, disse eu já começando a escalada.
Ora, não pedalei nem 10 metros, a bike patinou e parou.
Gargalhada geral. 
Realmente constatei na prática que a situação era critica.
Devido a baixa velocidade, se vc errar uma pedalada não dá pra recuperar.  O pedivela não completa a volta e a bike pára.
Voltei pro início, me concentrei e ataquei de novo.
Dessa vez subi até quase o final quando vi que o frequencímetro já marcava 168.  O máximo que devia ter chegado por indicação médica era 141.
Parei, respirei fundo, aquietei o coração um pouco e subi o restante empurrando com o restante da turma.
Márcio voltou, dessa vez com uma boa notícia:
- Esse aqui era um altinho, depois da curva tem um que dá 2 desses.
Ninguém acreditou, só podia ser gozação.
Mas depois da curva realmente tinha uma subida que só podia ser as ruínas da Torre de Babel de tão alta.
Lafaiete já foi desistindo:
- Vamos voltar, eu vim pra pedalar.  Empurrar bicicleta morro acima não é comigo não.
Cleodécio por outro lado já tava meio que desistindo também, mas não se preocupava com a subida, e sim com a descida.
Tavam com razão, mas graças a Deus passou um cristão de moto e disse que já távamos pra mais da metade e lá em cima tinha um bar que vendia Coca-cola geladinha.
Bom, a coisa agora mudava de figura, se tinha Coca-cola....
E fomos andando morro acima.  Hora empurrando, hora pedalando, vencemos a danada da serra.
Pegamos uma chapada e começamos a curtir a paisagem.  Primeira casa escuto um grito:
- NELSIIIIIIINHOOOOO
Só podia ser uma miragem, era mulher, era bonita e tava me chamando.
Botei os óculos na cara e reconheci, era Wênio, cunhado de Fernando e sua esposa Simony que já andaram diversas vezes com a gente guiando o carro de apoio.
- Que Diabos vcs tão fazendo por aqui?
- Eu é que pergunto.  Papai e Mamãe moram aqui respondeu Simony.
Estávamos em casa, água gelada, rapadura e guias pra nos levar até o bar da Coca-cola. 


Trilha entre Chico Dantas e o pé da Serra

Luís num dos primeiros altos

Mata burro

Esse já era maiorzinho

Esse era vitaminado

Só vai com motor

terça-feira, 26 de julho de 2011

Serrinha dos Campos - 2

Lá no Titanic, a surpresa que não era surpresa.
A turma de Mossoró não tinha vindo.
Deividson foi quem anunciou a ausência.  Vinha montado em uma bike Mônaco das mais fulêras que existe.
Aguentei calado porque não queria desgostar o amigo, mas tava claro que aquela bike não agüentaria o primeiro buraco carregando os 120kg do homi.
A coisa tava meio desorganizada, sem carro de apoio, sem água de reserva.
Achei que era melhor deixarmos pra outro dia e mudarmos pra um percurso mais light.
Fabinho insistiu em ir e colocou em votação.
Pois não é que o Barack Obama pauferrense ganhou a teima !?!
Esperamos até as 06:00 enquanto Fernando se maquiava pra poder sair, e fomos em busca da Serra.
Guilherme coitado, ia só o bagaço no rumo de Chico Dantas....
Demos uma parada lá em Ronaldo pra tomar um café da manhã básico de pão com coca-cola.
A informação foi de que dali pra Serra dava uns 15km só de subida e estrada ruim.  Boa notícia.
Márcio chegou numa moto pra dar apoio e Guilherme que tava só o caco, abriu o bico dizendo que não agüentava mais nem se levantar da cadeira.
O jeito foi armar uma rede lá em Ronaldo pra ele se recuperar.
Como tinha de esperar o rapaz se recuperar, resolvi subir a serra também.
- Na volta eu lhe pego!
Pegamos uma estrada de barro boa de se andar, e pedalamos uns 5 ou 6km, parando debaixo duma oiticica pra beber água.
Deividson triste, constatou que o canote da bike estava entortando.
O pessoal dando uma força pra desempenar e seguir viagem, eu não me contive e lasquei:
- Vá não.  Não pegamos nenhum buraco e já entortou.  Vai quebrar e fazer “um arte”.  Pior se quebrar o garfo.  É melhor voltar pra casa.
Meio à contragosto já que o percurso tinha sido idéia dele, resolveu voltar e nós seguimos em frente.
Os mais afoitos aumentaram o ritmo, ficando eu, Fernando e Cleodécio um pouco pra trás.
Numa encruzilhada tinha uma casa.  Paramos pra perguntar o rumo.
O pessoal muito simpático informou que o caminho certo era pra direita, mas que o resto do pessoal tinha tomado à esquerda.
Cleodécio pegou o apito e soprou até ficar vermelho mas ninguém ouviu.
Resolvemos seguir em frente devagarzinho, que quando eles notassem que estavam no rumo errado voltariam.
E assim fomos, até que a Serra se descortinasse inteira com sua primeira subida.
MEU DEUS COMO É ALTA!!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Serrinha dos Campos - 1

Guilherme, meu filhote de 20 anos está passando as férias aqui em casa.
Tá com umas 10 vezes que convido pra pedalar e nada.   A preguiça não deixa.
Sábado, quando cheguei em casa no finalzinho da tarde, o menorzinho, João Pedro, veio me encontrar na porta e já foi entregando:
- Guilherme chegou Bêbo.  Ta dormindo no quarto.
Ora, Guilherme nem beber bebe, pensei.  Mas fui verificar.
Realmente tava dormindo.  Bebado como um gambá.
Fora visitar Rudá e Sandi, e Dr. Santidio não tendo o que fazer deu uma garrafa de uísque pros meninos.  Deu no que deu.  Ficaram tudo bêbo rodando.
No início da noite, recebo uma ligação de Deividson:
- Rapaz, vem um pessoal de Mossoró e vamos subir a Serrinha dos Campos ali perto de Chico Dantas.  Vai todo mundo e queria confirmar sua presença.
Já tinha informações do trajeto, talvez o mais pesado da região.  Como tinha passado a semana meio baleado e dormindo mal, declinei do convite:
- Subir a serra eu não vou, mas acompanho até Francisco Dantas.
Já fui na Bike, dei uma limpada, oleei a corrente, calibrei os pneus, chequei os equipamentos, separei a roupa, enchi a garrafa dágua e botei pra congelar.  Tudo em ordem.
04:30 o despertador me avisa que já ta na hora.
Quando estou vestindo a roupa, aparece Guilherme, ainda meio tonto:
- Vai pra onde?
- Ali em Chico Dantas!
- Vou também.
Já dou uma corridinha, separo roupa pra ele, pego a outra bike, e rapidinho tá tudo pronto.
E fomos pro Titanic se encontrar com o resto da turma.