Bem-Vindo!!!

Todos os fatos aqui postados ocorreram da maneira como estão narrados.
Tirando uma mentira ou outra é claro!

sábado, 4 de dezembro de 2010

THE BIG RED - Parte 4

Depois de resolvermos o pequeno “prego” e aproveitarmos pra fazer um lanche, seguimos viagem.
Chegamos em Caicó à noite, e lá depois de muita tentativa a sogrona Marenice adivinhou o destino.
- Nós estamos indo pra Santa Cruz.
Exatamente, nós estávamos indo pra Santa Cruz.
O resto do caminho foi tranqüilo, sem nenhum episódio, somente uma carreta tombada no meio da pista nos atrasou, enquanto um trator abria um caminho pra liberar o trânsito.
Ao entrarmos em Santa Cruz, avistamos logo a Estátua de Santa Rita em cima do morro, bastante iluminada.  Realmente um monumento e tanto.
Chegamos na pousada que estava reservada (Panela Quente - 3291-3205).  Lugarzinho simples mas muito agradável, limpinho com Ar, frigobar e Tv.  
Descemos a bagagem, Jantamos num restaurante maravilhoso na vizinhança e fomos dormir.
Amanhã vai ser dia de missa!





Continua....




O DISFARCE DAS ROLINHAS

Quando menino gostava de caçar com uma espingarda de pressão.  Acho que aprendi a atirar antes mesmo de ler.
Estava de férias e meu avô chamou pra passar uns dias com ele na Bica, fazenda onde morava.  Aceitei na hora.  Na época devia ter uns 10 anos de idade.
Antes de sair papai me deu uma caixa de chumbinho e pediu que trouxesse umas rolinhas pra ele comer assada.
Ora, com certeza traria.
Hoje nem caço nem como qualquer espécie de caça.  Nem me ofereça.  Mas naquele tempo eu atirava no que se mexesse, embora errasse mais do que acertasse.  Com uma caixa de chumbinho então...
Depois de três dias de caça só tinha matado 4 rolinhas.  E agora?  Papai ia me chatear o resto da vida.  Não podia sofrer esta desfeita.
- Mas era porque as rolinhas estavam muito brabas! Não deixavam chegar perto pra eu aprumar a mira, falei sozinho.
Elas deviam ser mansas igual aos cabeças-vermelhas, pensei.
Mas espere, os cabeças vermelhas têm o tamanho de uma rolinha.  Salgado ninguém vai notar a diferença.
Mandei fogo nos cabeças vermelhas.  No resto do dia matei uns 10.  Tratei salguei e as rolinhas estavam prontas pra levar pra papai.
Cheguei em casa e entreguei a encomenda.  Na hora o carão já comeu solto.
- Vc matou os cabeças vermelhas seu malvado?
- Matei não pai, é rolinha.
- Rolinha o quê seu moleque, a rolinha quando salga fica marrom e os cabeças-vermelhas tem a carne rosa.  Tá querendo me enganar?.
Já puxando o beiço pra chorar justifiquei:
- Mas pai é porque eles eram tão mansinhos, deixavam chegar bem pertinho.
- Eles são mansos porque ninguém os caça.  Eles cantam, e pássaro que canta ninguém atira neles.
Desde então aprendi a lição, que por certo é aplicada a gente também.  Diariamente tanta gente morre.
Quem já ouviu falar que mataram um cantor?
O cabeça-vermelha e a rolinha

THE BIG RED - Parte 3

Bom, vamos recapitular.  Comprei a Big Red e ninguém gostou.  Antes de cortar a bichinha e transformar em um carro de carga resolvi fazer uma última viagem.  Mesmo sem informar o destino, foi todo mundo.
Saímos no sábado depois do almoço.   O carro como era bastante grande permitiu colocar um colchão e os meninos se revezavam sentados ou deitados lá atrás. 
O roteiro tinha feito pelo Google maps,  mas cada vez que puxava o mapa pra consultar os meninos tentavam tomar pra saber pra onde íamos.
Resultado, me perdi terminando por sair em Brejo do Cruz-PB.
O bom de ter se perdido é que conhecemos o casarão de “Tio Benício” meu tio-bisavô, cuja arquitetura ainda é imponente mesmo estando em ruínas.  Se fôssemos um País sério já estaria restaurado e seria um ponto turístico.  Veja aí:





Saindo do casarão pegamos de novo a estrada, um trecho ruim da porra, só buracos e pouco asfalto.  Na subida de um alto a Big Red fez “plum, plum, plum” e morreu.  Lá no meio do nada debaixo de um sol abrasador.
Meu sangue gelou e na hora o pessoal gritou:
- O que foi?
- Pegou Ar, só não sei dizer o motivo.
Levantei o capuz e verifiquei que na troca de óleo o bombeiro tinha deixado a bombinha folgada.
Soltei os parafusos do filtro, bombeei óleo e apertei os parafusos.
Pedi que todos cruzassem os dedos e dei na partida.  Milagre!
Pegou de primeira e o rugido forte do MWM D229 fez se ouvir vibrante ecoando nas serras.
- Todos à bordo e vamos simbora.

Continua....

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Escolha sua bike sem dor de cabeça (ou quase) - IV

Garfo/Suspensão: A suspensão dianteira é outro item delicado.
Se seu uso for pra trilhas mais pesadas, vale a pena investir mais um pouco em uma suspa com 100mm de curso, senão, compre uma proschock E60 que pesa apenas 1,5 kg, e custa em torno de R$ 370,00.
Não se iluda com o preço comprando uma Logan ou similar (R$ 85,00), que o barato vai sair caro,  talvez vários dentes quebrados.
Leve em conta também que alguns profissionais já utilizam o garfo rígido de fibra de carbono, e segundo eles melhora o rendimento em trilhas leves.


Pneus:  Pneus de trilha ou de asfalto.  Misto não é indicado, pois o rendimento é fraco nas duas situações.  Para asfalto quanto mais fino melhor o rendimento, e menor o conforto.  Utilizo um 26x1.0, já alguns colegas preferem o 26x1.5.  Não esqueça de incluir na sua escolha uma boa câmara e um protetor.

Rodas e freios:  A roda não tem muito mistério.  Se quiser gastar pouco em uma roda honesta, compre uma vzan action.  Se puder e quiser pagar um pouco mais garimpe um par de Xero pela Net.


Já os freios, a escolha recai entre os V-brakes ou discos.  Essa escolha é pessoal.  Qualquer escolha deve ser por um de boa qualidade.  Existe conjunto de  V-brakes por R$ 20,00, mas uma consulta a um ortopedista geralmente sai bem mais caro. 
Já os freios à disco tem uma grande vantagem.  Se a roda desalinhar durante um passeio ou trilha, ele não vai perder eficiência o que fatalmente ocorre no V-brake.  O à disco, também permite se fazer mudança do conjunto de rodas mais facilmente, bem como possibilita colocar uma roda 700 com pneu speed, se vc quiser dar uma radicalizada no asfalto.
Um bom shimano mecânico já resolve, mas o hidráulico é show. 


Continua...

MULTIMEDIA BOYS

Quem tem mais de 40 e morou aqui no interior vai saber do que estou falando.
Na minha infância as coisas eram diferentes.  Ainda que a principal diversão fosse a televisão, as opções eram poucas. TV Tupi em preto e branco!  A escolha se resumia entre ouvir o som ou assistir a imagem.  Juntar as duas era um fato comemorado.
Assim as crianças tinham pouco acesso ao MUNDO, resumido em livros e na lousa da escola, que de certo modo era o único aprendizado da maioria.
Hoje é completamente diferente, as crianças têm acesso a uma quantidade de informações que faria inveja ao mais bem informado daquela época.
Ás vezes pego meus filhos discutindo coisas que nem eu sabia.  São os multimedia boys.   Garotos multitarefas, que acessam o computador, jogam, conversam com vários colegas ao mesmo tempo, e ainda assistem vários canais de TV, aberta e à cabo.
Conhecem e curtem mais os campeonatos de futebol do exterior do que o nacional, que classificam de fraco e de peladas.
Observando estes pequenos “gênios” é que se percebe o porque da ojeriza da maioria com a escola.
Louza e professor falando, e falando, e falando, é realmente coisa do século passado.
Não saiu na foto, mas a tv estava ligada

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

No rumo de Brejo das Freiras (só de ida) - Parte I

Tava eu de novo em casa chega Élder.
- Domingo vamos pra Brejo das Freiras, tem um encontro de ultraleves lá.
- Nem morto, já quebrei teu galho no outro dia.
- Homi, pelo amor de Deus não quero perder esse encontro.
- Dá certo não.  Minha carteira tá atrasada, vc não tem a sua ainda, se cairmos ainda vão nos chamar de irresponsáveis.
- Vamos que eu pago tudo.
- Assim sendo... Vc é quem manda.
Sábado pela madrugada, espero Élder em casa.  Ele chega e informa que só vai dar pra ir pra Brejo no domingo, mas que quer fazer um vôo.  Fomos pra o aeroporto, abastecemos, checamos a aeronave, e fomos no rumo de Martins.  Desta vez não nos perdemos.  Pouso em Martins, pequena parada pra estirar as pernas e retornamos à base.
Martins é uma cidade serrana, um dos climas mais aprazíveis do Estado.  A viagem pra Martins sempre é uma aventura.  Térmicas nos impulsionam violentamente pra cima, enquanto que poucos km pra frente o Barlavento nos joga pra baixo, formando uma gangorra que pra alguns é muito desconfortável e amedrontador.  Pra nós era só diversão.
O resto do dia nos dedicamos a consertar o rádio e preparar a aeronave pra viagem de do dia seguinte.  Porém antes tinha de bolar uma excelente desculpa pra mulher.  Oxalá desse certo.
Martins
 Continua....

Escolha sua bike sem dor de cabeça (ou quase) - III

Escolhendo o Quadro:

Não esqueça que bicicleta é como roupa, tem o tamanho certo do quadro, que deve ser adequado ao SEU tamanho.

Quadro: As bicicletas mais confortáveis são as “full suspension”, ou seja,as que tem suspensão na frente e atrás.  Entretanto estas bikes se adequam mais ao downhill ou descidas de ladeiras, e são caras, a partir de R$ 3.000,00 somente os quadros, sendo que o valor de uma boa bike gira em torno de R$ 6.000,00.  Não aconselho comprar estas bicicletas “full suspension” baratas que temos no mercado, pois vai jogar dinheiro fora. 
Procure um quadro adequado à sua altura, rígido, com caixa de direção over e suporte para freio à disco.
Temos bons quadros em alumínio no mercado, sendo os mais comuns em liga 6061 e os mais leves em liga 7005, fora os de ferro em desuso e os de fibra de carbono, ainda não totalmente popularizados.
Quadro nacional em aluminio 6061

Quadro full suspension de boa qualidade

Quadro em carbono
Continua....

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

THE BIG RED - Parte 2

Comprei a Big Red em Natal pela manhã.
Ao meio dia do outro dia peguei o caminho de volta acompanhado à contragosto por Guilherme (meu filho). 
Como era de se esperar o carro batia igual uma lata velha, e pior, tinha uma folga enorme na direção. 
Parei em um posto pra abastecer e vi que um dos terminais estava tão desgastado que dava pra preocupar.  Mas fiz uma prece, e me mandei.
A viagem graças a Deus foi sem problemas.  Entrei na cidade já de noite, passei na frente da Igreja da Matriz agradecendo, e me aproximei de casa. 
Esposa e filhos estavam a me esperar na calçada. Satisfeito já antevia a recepção calorosa, mas antes mesmo de desligar o carro a mulher já gritou:
- Como é que tu compra uma porcaria dessa?
Os meninos engrossaram o coro dos descontentes.
- Tenham calma, que depois de consertada quem sabe vcs até gostem...
No outro dia Levei pra Juninho mecânico, que durante o resto da semana trabalhou como nunca.  Trocou os rolamentos das rodas dianteiras, pastilhas e lonas de freio, rolamento e luva da transmissão, braço e terminal de direção entre outras coisas menores.
Já na sexta-feira, mandei trocar os óleos e filtros.
Ao retornar pra casa reuni a família e informei:
- Amanhã vou viajar no carro e só volto no domingo.  Quem quiser ir é só levantar o braço.
- Pra onde? Perguntou um.
- Eu não ando nesta merda! Afirmou outro.
- Pra onde eu não digo, é surpresa!  Só digo que é longe, nunca fomos lá, que é lindo, e que quem não for vai ficar arrependido.
No sábado de meio dia viajamos.  Todo mundo meio amedrontado e curioso. 
Pra engrossar a comitiva ainda nos acompanhou a sogra e uma amiga da família.

Continua....
Em plena viagem

Escolha sua bike sem dor de cabeça (ou quase) - II

Qual MTB então?
A resposta a esta indagação não é tão fácil.  Existem diversas nuances a ser analisadas.
Em primeiro lugar, existe o fato incontestável que o principal item em uma bike é o peso.  Quanto mais leve maior vai ser seu rendimento.  Só que leveza custa caro.  Procure adequar seu orçamento levando em conta até onde esta leveza vai compensar o investimento.  Não adianta gastar R$ 20.000,00 em uma bike, somente pra ganhar 1,5 ou 2Kg, se sua intenção não for participar de provas de forma competitiva.
Mas também não vale a pena, por mais liso que seja, querer praticar este esporte com uma bike pesadona comprada por R$ 350,00 em um supermercado. Deixe de ser sovina!
Quando fui comprar a primeira bicicleta comprei uma usada por R$ 250,00.  Achava que pagar R$ 1.000,00 era um ABSURDO.
Depois de pedalar alguns dias em grupo vc percebe o óbvio.  Não dá pra acompanhar a turma com uma bike ruim.  Seu corpo faz mais esforço, vc não tem prazer na pedalada, está sempre atrás, sente dores, se cansa mais, em suma é uma merda só.  Geralmente quem compra uma bike fraca se desgosta do esporte e não prossegue, achando que não é pra ele.
Quando “abri dos peito” e gastei R$ 2.500,00 em uma boa bike, percebi que tinha valido a pena cada centavo.  Tudo fica mais fácil!  As distâncias encurtam, as subidas parecem menos inclinadas, sua performance geral melhora exponencialmente.
Não tenha pena de investir em uma boa bicicleta, não esquecendo de incluir na compra um bom selim de gel, vazado.

CONTINUA...... 

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dor da Separação

Participei hoje de duas audiências na Vara de Família. 
Duas tentativas de conciliação.
Dois problemas similares, duas situações extremamente distintas.   
Em uma, discutia-se a separação de um casal paupérrimo.  Na outra um casal abastado se separava.
Nas duas entretanto, a reação dos envolvidos foram as mesmas. 
O ar amedrontado do Varão na ignorância do valor que iria ter de dispor, com a sensação de impotência também estampada no rosto.
Do outro lado da mesa a ex-esposa ressentida, achando que tinha direito a valores mais altos  argumentando que, o agora ex-marido, estava escondendo sua real possibilidade.
Casos tão distintos e tão similares.   
As reações foram as mesmas porque, embora os valores discutidos fossem exorbitantemente diferentes, os sentimentos ali entrelaçados eram iguais: raiva, amor, frustração, solidão e medo.
A dor foi igual em ambos os casos.
A dor da separação.


Escolha sua bike sem dor de cabeça (ou quase) - I

A pergunta básica que vai te ajudar a escolher sua bike é:  Quer pra quê?
Se a resposta for “pra competir em provas de velocidade”, sua escolha é fácil: SPEED
Pra qualquer outra resposta à essa indagação sua escolha deve ser MTB.

A Speed é muito específica, é desconfortável, reações muito rápidas se tornando arisca.   
É boa somente para asfalto perfeito, sofrendo com as imperfeições normais encontradas em nossas cidades e estradas.  A explicação pra isso é bastante fácil,  uma vez que além de não possuir suspensão os pneus são finos e baixos, calibrados em pressão de 120psi, o que os tornam duros como um pau.  Além do que a speed exige um condicionamento físico muito maior e uma pilotagem mais refinada, o que quase nunca é o perfil do ciclista iniciante.
Portanto, Speed só em casos muito específicos, devendo esta opção ser muito bem analisada antes de uma possível compra.

Qual MTB então?

continua....

THE BIG RED - Parte 1

Tinha vendido recentemente uma Toyota bandeirante que possuía pra o serviço da fazenda (depois eu conto a história dela).  Estava zapeando pelo site www.meucarango.com.br, quando me deparei com a big red.
Era uma F2000, alongada e cabinada cujo proprietário estava pedindo R$ 16.500,00.  Fiquei eufórico.  Fazia tempo que procurava uma F2000.  A F2000 é um pouco maior que a F1000 e D20, mas com o dobro da capacidade de carga.  Ideal pra transportar ração, gado, etc., ou seja, perfeita pra meu serviço.  E o preço estava convidativo.
Aproveitei que já ia pra Natal e fui vê-la.  Chegando lá vi que o carro me servia.  Apesar de estar com a lataria bastante comprometida pela ferrugem, a mecânica dava pra recuperar sem muito gasto.  Era comprar, cortar a cabine, colocar a carroceria de madeira, e pronto.  Um carro de trabalho perfeito.  Negociamos e fechamos por R$ 15.000,00.  Não sei quem ficou mais satisfeito, se ele por vender ou eu por comprar.
Carro novo não serve pra serviço de fazenda.  Ficamos com pena de colocarmos em estradas ruins, no mato, ou carregar pedras, madeira, etc.  Bom mesmo é um carro velho em bom estado, que vc bota pra moer sem dó.
Só que os planos pra Big Red não deram muito certo.  Os motivos começo a contar amanhã.
Romero reformatando a Big Red

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Treinando subidas

Competindo ou mesmo só a passeio, ser um bom escalador de morros com sua bike é uma qualidade que vale a pena ser trabalhada. Investir em um treinamento específico para subidas sempre vale a pena. Abaixo algumas dicas para você melhorar suas subidas.

Como treinar para subidas curtas

a) Repetindo o morro
Encontre um morrinho não muito forte e que você possa dividi-lo em três partes. O ideal é um que tenha uma inclinação inicial entre 8-10%%, e que no meio de uma refrescada e no fim tenha uma rampa mais forte, entre 10-12%. O comprimento total deve ficar em torno de um dois ou três minutos para ser percorrido.
Comece com oito repetições e arrume uma marca no começo e no fim da subida para marcar o tempo. Arranque em sprint no começo, sente e de uma maneirada na segunda parte e volte a arrancar saindo do selim na chegada ao topo da colina.
Recupere do esforço até a respiração voltar ao normal e suba novamente. Tente fazer as oito repetições no mesmo tempo. Se travar geral, pare tudo, relaxe e esfrie o corpo pedalando e tente novamente na semana seguinte. Marque o tempo de cada subida e observe as condições do tempo e vento para poder comparar seu rendimento.
b) Mudando a cadência
Em longas subidas que tenham uma inclinação razoável, pratique a mudança de cadência. Comece a colina moderadamente e depois de estar já aquecido, procure uma marca cerca de 250 metros a sua frente e vá com tudo pra ela. Saia do selim e acelere o máximo que der. Depois volte ao moderado até recuperar e procure outra marca e vá repetindo os sprints até o fim da subida.
Esse é um bom treinamento para ajudar na mudança de posição numa corrida. É na subida que você consegue engolir os concorrentes.

Dicas técnicas para subidas longas

a) Fique sentado
Ficar sentado no selim o máximo que der é a maneira mais eficiente de usar sua capacidade aeróbica para chegar ao topo de uma colina. Sentado você utiliza os músculos da parte de trás da perna que são mais fortes e gastam menos energia. Em pé, você irá conseguir mais potência, mas consome rapidamente seu estoque de energia.
Mesmo assim, sair do selim algumas vezes em longas subidas ajuda a variar os músculos utilizados e fazer o sangue circular melhor. Mas evite, exagerar na dose socando demais o pé e gastando energia à toa.
b) Relaxe
É um desperdício de energia agarrar o guidão com toda a força e puxar o que der. Tensão demais só diminui a sua resistência. Relaxe. Observe seu corpo para manter as coisas retas, os ombros relaxados e as mãos apenas apoiadas no guidão. Isso fará seu diafragma ficar mais aberto deixando os pulmões trabalharem melhor levando todo o oxigênio que seus músculos pedem, melhorando sua eficiência aeróbica.
c) Mantenha a cadência
Tente manter uma rotação de 90 RPM. Uma marcha muito leve pode gastar suas reservas rapidamente e uma muito pesada coloca muita pressão na transmissão.
Antes de ficar em pé, mude a coroa para uma mais pesada para compensar a cadência menor. Mude rapidamente para a mais leve assim que sentar novamente.
Se a inclinação der uma folga ou o vento de calda ajudar, vá para uma marcha mais forte e mantenha a sua potência igual. Se você se achar a toda hora lutando consigo mesmo, dê uma folga e encontre uma marcha mais leve.
d) Ritme, não corra
Ritmar é crucial para fazer o melhor em uma longa subida. Se você atacar muito forte no começo, pode travar antes do fim. Mesmo se não travar, entrar em déficit de oxigênio e consumir suas reservas de glicogênio podem lhe prejudicar no desempenho geral da prova.
A chave é ficar no aeróbico o máximo possível. Só use as reservas quando preciso ou no final da prova. Se você usa um monitor cardíaco, a freqüência alvo fica em torno de 65% da sua freqüência máxima.

Enviado por Porfírio Negreiros (Mossoró-RN)

No rumo de Souza (ou quase).

Elder é um sujeito de estatura mediana, magro, bem apessoado, um comerciante de mão cheia, e meio invocado.  Depois de anos batendo cabeça com aeromodelos, sempre derrubando-os, (acho que gostava mais era de consertar), resolveu voar de verdade.
Comprou sociedade em um ultraleve Astro e começou o curso.  Lá pras tantas comprou a outra metade da aeronave e deu uma geral nela, fez o motor, pintura, revisão total enfim.
Estava eu na tranqüilidade do lar e ele chegou pra me tentar num pecado que não mais praticava.
- Vamos voar?
- Tô fora, prometi a mulher que não voava mais.
- É só uma viagenzinha ali em Sousa, é que eu não posso voar sozinho ainda e Jonas já vai no avião dele e eu quero ir também.
- Vou nada!
- Homi por favor, sua mulher não vai nem saber.
No outro dia de 5:00 da manhã távamos no aeroporto.  Avião checado e abastecido, plano de vôo pregado na perna, cheque de cabeceira, potência plena, decolagem perfeita pegamos o rumo de Souza.  Élder no comando e eu só dando uma de passageiro.
Com cinco minutos de vôo, senti o avião escapando um pouco pra direita e informei a Elder (que esqueci de contar que é teimoso como uma mula) tendo ele respondido que estava tudo certo e que ali na frente era o morro de Tenente Ananias,portanto dentro da rota.  Calei-me e fiquei apreciando o vôo.  Há anos não sentia uma sensação tão boa.
Após mais alguns minutos era oficial.  Elder (e eu por conseqüência) estava perdido.
Mas nada de pânico, só risos, a região era conhecida e logo, logo, acharíamos o rumo correto que surgiu com o avistamento de Uiraúna e Cajazeiras bem mais à frente.  Corrigido o rumo, sobrevoamos Souza, avistamos o campo de pouso.  Elder aproou a aeronave na reta final, arredondou pra pouso, tocou, flutuou e pousou meio feio, mas nada que necessitasse de uma correção.
Vôozinho gostoso, a aeronave funcionando redondinha, tudo perfeito.
Jonas já estava esperando, tomamos um café da manhã reforçado, voltamos pra o campo de pouso e retornamos pra casa (Jonas não veio porque tava ventando, mas isto é uma outra história).
A decolagem foi feia.  Vento brabo.  Mas o vôo foi bom, sem incidentes.
Vcs não vão acreditar, mas na volta Elder perdeu-se de novo e foi sair em Alexandria. 
Depois eu conto outro vôo que fizemos, em que um companheiro chegou todo cagado.
Turma no hangar abandonado de Souza-PB

Élder e o Astro

Incidente

Jonas em seu Vimana

Segundo informações o Comandante Jonas quebrou a roda de seu Vimana em um pouso em Mossoró, para onde tinha voado hoje pra uma revisão geral.
Em contato com o mesmo ele informou que tinha colidido com um cachorro por ocasião do pouso.  Mas de acordo com fontes confiáveis foi barbeiragem mesmo. Vai ter de botar uma roda e um pneu novo na conta da revisão.

domingo, 28 de novembro de 2010

Oremos

É interessante como pedalar é prazeroso, o vento no rosto, a sensação de liberdade, o apreciar atento de coisas que deixamos passar  andando motorizado.   Em contraponto é triste nos deparamos com a quantidade de lixo que se joga no acostamento, garrafas pet, copos de água mineral, latinhas, todo tipo de peças de veículos, borracha de pneu, fraldas descartáveis, animais mortos, enfim de tudo um pouco que nossa sociedade produz.  Aos poucos e timidamente porém, observa-se pontualmente uma mudança no pensar e no agir de alguns.  Talvez a médio prazo vejamos uma conscientização mais sólida na preservação da natureza e tenhamos uma integração real com o meio ambiente. Oremos. 
Subida da Serra (Antonio Martins)

Comandante Jonas (ao centro) e eu em uma parada pra descanso.



Pedalada básica

Acordei às 07:00!  Estranhamente bem disposto para um domingo, dia universal da preguiça.  Uma vontade de pedalar fez com que me levantasse e resolvesse cair no mundo meio sem rumo.    Terminei ligando pra o companheiro Fernando, que atendeu com a voz grogue de sono, e disse que passasse na casa dele que ia pedir a esposa pra ir também.
Levei uns dez segundos pra decidir entre MTB e Magrela, mas calcei a sapatilha.  Hoje era dia de asfalto.
O bom da sapatilha é o “click” quando trava, é como o engatilhar para o atirador, o pé no estribo pra o vaqueiro, ou a última acelerada no check final para o piloto desportivo.  É o sinal inconfundível de que agora o bicho vai pegar.
Seguimos até Rafael Fernandes (uns 11 km), paramos no Posto de Dr. Borja pra um “todynho” e voltamos a pedalar, decidindo na hora que o destino seria Marcelino Vieira.
Pedalada boa, sem pressa, de vez em quando um sprint (só pra brincar), de olho no monitor cardíaco pra não ultrapassar o limite imposto pelo cardiologista (mas isto é outra história que conto depois).
Uma pausa pra fotos e o retorno.  Esforço na subida dos altos e o prazer de soltá-la nas descidas, ouvindo o zumbido dos pneus em seu atrito com o asfalto e do vento passando rápido nos ouvidos.
Uma parada providencial no posto de Antonio Filho, onde a TV noticiava a tomada do Morro do Alemão como uma grande vitória e bem fácil, sem resistência.  Ora, porque demoraram 2 décadas então?
Barra de cereais, muita água um cafezinho com bolachas e a pedalada final pra casa, 50 km no total.
Um bom domingo com certeza.
Trevo - Souza-Pau dos Ferros-Alexandria



Queimada na beira da estrada