Bem-Vindo!!!

Todos os fatos aqui postados ocorreram da maneira como estão narrados.
Tirando uma mentira ou outra é claro!

sábado, 15 de janeiro de 2011

RAPADURAS - 9


A turma dos Rapaduras saíram de Caicó às 07:00 escolhendo o percurso pela BR 427, que passa por Jardim do Seridó.
Enfrentaram um trecho de 42km, sem nenhuma bodega pra abastecer de água.
No percurso se depararam com a turma que veio de Natal encontrá-los trazendo mantimentos.
Teve nêgo que “deu passamento” no caminho, mas chegaram bem em Acari.
Foram entrevistados ao vivo pelo programa esportivo da Sidy´s TV, e tiveram a satisfação de receber ciclistas de Macau que vão pedalar parte do percurso.
Parece que Professor Raimundão não encontrou nenhuma aluna e vai voltar pra Natal meio “emburrado”.
Segundo as más línguas as alunas existem, mas quando vêem o professor correm e se escondem assombradas.
Benilton não reportou nenhum furo de pneu, mas que furou, furou!
Boa sorte turma, que Deus deixe esse asfalto bem lisinho até Natal e bote um vento de cauda pra ajudar na pedalada.

AS PORQUINHAS DO VÉIO JACÓ


No início da década de 70 a moda na pequena Almenara era a criação de suínos.
Por essa época, também lá chegou um jovem e recém formado veterinário, fissurado em inseminação artificial.
Contam que até em pardal o danado queria fazer a tal da inseminação.
Seu Jacó, fazendeiro das antigas, percebendo que seu rebanhinho de vacas não ia lhe trazer mais que o sustento básico,  comprou 10 leitoas e 1 leitão pra iniciar a criação.
Só que passada algumas semanas, nada de bacurinho.  Estava no que começou.
Mandinga vai, mandinga vem e nada.  O jeito foi consultar o tal veterinário.
Lá chegando, o diagnóstico nem precisa dizer:
- O problema é o reprodutor.  O senhor tem de fazer inseminação artificial!
Ora, o véio Jacó não tinha a menor idéia do que era aquilo, mas teve medo de perguntar e concordou, perguntando apenas:
- Como é que eu sei que elas ficaram prenhas?
- Quando elas pararem a agitação e ficarem mergulhadas na lama o dia todo, respondeu.
Seu Jacó assuntou, assuntou e concluiu que a tal inseminação era que ele próprio teria de resolver o serviço.
Colocou as bacorotas dentro da kombi e foi para o meio do mato onde fez o que o Barrão se negava a fazer.
Na manhã seguinte, nada de lama, as porquinhas continuavam agitadas.
Colocou-as novamente na Kombi e foi dar o passeio romântico na mata.
Na manhã seguinte se repetiu o mesmo.  E na seguinte, e na seguinte.
Na quinta manhã seguinte, o pobre do Jacó não conseguia abrir nem os olhos, que dirá se levantar para olhar as bacorotas.
Meio zambeta, pediu a mulher para dar uma olhada e ver se as ditas cujas ainda estavam agitadas ou se já tinham se aquietado na lama.
A mulher foi lá verificou e trouxe a notícia:
- Num tão na lama não, tão tudo na kombi e uma delas não para de abuzinar....

A kombi do véio Jacó


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

RAPADURAS - 8

Acabo de receber uma mensagem de Benilton:
Já chegaram em Caicó, tudo bem e sem incidentes.
Só 2 pneus furados da bicicleta dele.
Ô pneu que dá desgosto.
Disse ainda que dos seis, cinco choram com saudades do carro de apoio e um chora com saudades de Kelly.

RAPADURAS - 7

A turma dos Rapaduras acordou cedo.  De 05:00 da manhã já tinha nego regulando bike e trocando pneu.
Tem uns pneus de 200 contos que tão furando de noite com a bike parada, igual a levorin.
Já ia esquecendo:  Parece que Kelly, a Cocker daqui de casa, não conseguiu nada com Benilton e foi arranhar em outra porta. 
Um dito cujo que não cito o nome, deixou-a entrar, e pior, acolheu-a na cama, onde dormiram enlaçados a noite toda.
- Ela chegou, tava com frio e eu também..., tentou explicar.
A saída foi às 07:20 depois do café na casa de Lafaiete, e desta feita nos acompanharam o proprio Lafaiete e Cleodécio.  O resto trabalha e não puderam acompanhar.
Dirigindo o Rapaduramóvel se encontrava o amigo Chiquinho, irmão de Fernando.
Pedalada difícil.  Os 15 km de estrada de barro é ruim e subindo.  Alcançamos o asfalto e fizemos a primeira parada.  Troquei o pneu dianteiro por um mais fino.  Cleodécio e Lafaiete se despediram e voltaram pra PDF conforme programado.
Se a estrada de terra era ruim, pior foi o asfalto, que apesar de novo, apresenta algumas subidas difíceis de transpor devido a região ser de topografia irregular.
O vento forte e contrário não ajuda nem no refresco, pois que já vem quente “de fábrica”.
Foram pouco mais de 70km de Pau dos Ferros a Patu, e nos últimos cinco já não dei conta de acompanhar a turma que se distanciaram uns 500m, ficando só eu e André pra trás.  Eu já me acabando e André pra conferir a hora da morte pra constar no atestado de óbito.
Foram quase 5:00 DE PEDALADA, com média de 15 km/h, (bem abaixo dos dois dias anteriores), 21 litros de água consumidos, um cacho de bananas, uma carga de rapaduras e quatro pacotes de bolacha “sensação”.  
Mas chegamos, almoçamos, fomos pra pousada e depois pra Igreja do Lima, onde só André e Jadson tiveram forças pra subir de Bike.
Amarrei a bike no suporte e voltei com Chiquinho no rumo de casa.
Quando cheguei tinha duas novidades:
A bike de Cleodécio ele largou por aqui, parece que não quer mais;
E Kelly não sai mais da calçada, quando vê um ciclista fica só abanando o rabinho.  Parece até que tá dizendo:
- Volta André....

Hora da partida

RAPADURAS - 6


Foi duro convencer Fernando a acompanhar o trecho de Apodi-Pdf.  Mas com cuspe e jeito ele terminou cedendo.
Saímos de 05:00 da manhã, e chegamos cedo lá em Apodi.  Apresentações feitas, descemos as bikes e fizemos um checkup, trocamos de roupa e pé na estrada.   Fernando como sempre quer se mandar na frente, e com certa razão, a bicicleta dele embora MTB, tem pneu de speed, então o rendimento é bem superior as demais.  Guilherme nos seguiu o tempo todo com aquela paciência que Deus lhe deu. 
A parada de Bom é sagrada, cumprindo a tradição fizemos o primeiro pit stop lá.
Nesse trecho eu não vinha nem um pouco preocupado.  Ora, estávamos indo lá pra casa, então não tinha perigo de me deixarem pra trás.  Hoje quem ditava o ritmo era eu, pelo menos em tese.
André como sempre muito educado e fluente na conversa, de vez em quando parava pra pegar um parafuso solto na estrada, e me acompanhava no rabo da fila.
O trecho foi vencido sem nenhum problema ou incidente.  E embora a média tenha sido menor do que a do dia anterior, a pedalada foi muito menos cansativa.   
Cleodecio, firme, forte, e cumpridor da palavra empenhada, nos esperava lá em Itaú com uma cesta de Natal que tinha sobrado do réveillon.  Quando viu Raimundão foi logo abrindo os braços:
- PROFESSOR...
Por onde a gente anda o Professor Raimundo é reconhecido.  Só achei uma coisa estranha, só é lembrado pelos alunos.  Não tem uma aluna que se manifeste... por certo era professor de seminário...
Chegamos cedo em casa, e como minha querida e amada esposa estava viajando com Matheus tive a honra de hospedá-los todos.
De brinde ganhei uma revisão geral na bike feita por André, que deixou meu freio GTS bom igual a um Shimano deore.
Jantamos a turma toda, mais de 20 pessoas no Bem-Bom, e após um bate-papo o grupo se recolheu aos seus aposentos.
Me levantei pra beber água, e tava a Cocker daqui de casa, deitada no pé da porta do quarto de Benilton, com um ar tão carente...

VIAGEM - 18

De repente chuva.  Chegamos em Iguatu a chuva arrochou. Na entrada pra Orós o tempo estava fechado e vimos que não ia dar pra visitar o açude.
Continuamos no rumo de casa.
Em Icó tem um Posto de gasolina que paro sempre, tem uma lanchonete razoável, banheiros limpos e uma grande coberta.
Estacionei a Big debaixo da coberta, tomamos sorvete, coloquei R$ 15,00 de combustível pra garantir a chegada em casa, e partimos.
Quando contornamos o trevo pra entrar na rodovia Santos Dumont, a chuva forte se transformou em um dilúvio.  Os pingos começaram a entrar na Big, e de repente tava chovendo dentro igual a fora, Mércia ensopou 4 toalhas pra nos manter secos.
Os 50 km que separam Icó da entrada de Pereiro pareceram 150, mas ao chegarmos lá a chuva parou.  Beleza, passamos por Pereiro e São Miguel.
Estranhamente a Big não deu mais um único problema de Sete cidades até PDF. E tem uma explicação:  A concretização de um desejo não deve ser imediata.  Acho que o anjo responsável analisa se o desejo é pertinente e se a pessoa merece.   Só daí o libera.
Quando a Big deu o prego lá em Sete Cidades, o desejo ainda estava sendo processado.
Resumindo o Portal dos Desejos realmente funcionou.
Chegamos em PDF lá pras 18:45, bati o caixa, ainda restava R$ 28,00 no bolso.  Liguei pra o Cantinho Pizzas, pedi um filé pequeno e uma pizza média.
A atendente se enganou e mandou um filé grande.
Quando chegou o pedido a conta tinha dado R$ 32,00.  Ainda bem que estava em PDF....

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

RAPADURAS - 5


06:40 tava lá na pousada onde estavam hospedados os rapaduras.  Cumprimentei os velhos e novos amigos, tomamos café e partimos no rumo do Apodi.
Logo nos primeiros Km, vi que não ia ter assunto pra contar pra vcs.
Em primeiro lugar, o homi que entende mais de bike no RN faz parte do grupo, então as máquinas trabalham com precisão suíça. Tudo azeitadinho.
E em segundo, os integrantes da turma têm disciplina germânica.  Andam em fila indiana, ninguém se manda na frente nem fica pra trás, preparo físico privilegiado, tudo bem cronometrado e acertadinho.
Meditei uns dois minutos e logo vi que só quem podia dar assunto pra blog era eu mesmo.
Fechei o bico, fui pra trás da fila, e fiquei observando.  Se um olhava pra trás, eu olhava também, se se levantava do banco eu também me levantava, se esticava o braço, lá tava o meu teso que nem braço de bandeirinha.  Sabia nem o que tava fazendo, mas tava acompanhando.
Pedalada boa, chovendo a viagem inteira. 
Já próximo ao Mulungu, o pneu de Benilton furou.  Quando disseram “o pneu furou”, um já botou a bicicleta de perna pra cima, outro já tirou o pneu, outro já buscou câmara nova, o segundo já desembeiçou, um quarto já foi procurar onde era o furo pra consertar.
Resumindo fizeram tudo mais rápido que o box da Ferrari.
Quando montamos pra sair de novo, tristeza.  Tinha furado o meu.  Ainda bem que tinha levado uma roda completa, foi só substituir e pegamos a estrada.
Paramos no Mulungu e o dono do restaurante abriu um sorriso.  8 adultos chegando naquela chuva...  O dia tava salvo ia rolar cerveja até tarde.
Só que o grupo levava tudo de comer e de beber.  Enlameamos o bar do homem e só tomamos uma Pepsi de 2 litros.  Acho que depois que saímos ele fechou e foi dormir.
Na entrada do Lajedo nos separamos, a turma foi conhecer o Lajedo da Soledade e eu pedalei até Apodi. 
Coloquei a bike no carro e vim embora, me sentindo igual a um corredor de kart que tinha participado de uma prova de Fórmula 1.
Agradeço a Turma pela recepção e pela paciência
Amanhã se Deus quiser vou de novo.

Ficha técnica:
Roteiro – Mossoró - Apodi
Distância percorrida – 83.5km
Saída – 07:20h
Chegada – 12:30h
Tempo (pedalada) – 3:29h
Velocidade média – 23,9 km
Velocidade máxima – 53,8 km/h
Grau de dificuldade – intermediária
Ciclistas – 07 (sete)

domingo, 9 de janeiro de 2011

AGORA FUDEU


Hoje ia ter pedalada mas o Presidente desistiu na última hora.
Como Cleodécio tava numa tara pra inaugurar a bike, fomos os 2 em busca de Chico Dantas.
O Homi veio com a pochete inchada de grana pra gastar na inauguração da bike. Quem perdeu se fudeu.
Mirei no volume dela e pensei:
- Hoje não vou ter despesa!!!
Pegamos o rumo de sempre.  Quando chegamos lá um pouco depois do açude de Nonato de Dú, escutei a reclamação:
- Agora fudeu.  Furou o pneu.
Não teve jeito e o jeito foi voltar pra casa de pevette.  Pense nuns 6km enjoados de tirar no pé.
Chegamos em casa onde eu tinha uma câmara de ar guardada, era só desembeiçar o pneu e colocar a câmara nova.
Mas Fudeu.  Nada do pneu sair.  O homi comprou um aro invocado, com as paredes altas e o pneu se recusa a largar dele.
O jeito foi pegar minha outra bike pra voltar na pedalada. Eu todo animado só pensava no 0800
Quando o homi pegou a bike, FUDEU de novo.  Tava com o pneu furado.
- Vai ter azar assim na baixa da égua, pensei.
Ainda bem que tinha uma roda reserva, colocamo-la e seguimos em frente.
Paradinha em Chico Dantas e seguimos para o Jacu.
Paramos em uma mercearia e um velho mentiroso, tava lá lorotando suas aleivosidades:
- A pior coisa que tem é café com ceriguela. Dona Joaninha tomou café e tirou o gosto com ceriguela passou 11 anos prostrada em cima de uma cama...
Essa aí se fudeu mesmo.
Lanchamos lá e o homi não pagou a despesa, disse que a farra é só quando inaugurar a bike dele.  Na minha não vale.
- Agora tinha fudido de vez.


fudeu, fudeu, fudeu-se