Depois que assumi uma das direções do Hospital, é uma notícia desalentadora por cima de outra.
Cumpade Aldemir vendo que a situação estava feia, me pegou pelo braço e levou pra Natal pra uma conversa com sua irmã Terezinha.
Finalmente um técnico me apontava possíveis soluções à curto e médio prazo.
No final da conversa ela me pegou pelo braço e disse:
- Trabalhar na saúde é gratificante, vc vai sentir uma satisfação pessoal muito grande pelo serviço que vai poder prestar.
Eu muito prático já pensei:
- Satisfação pessoal eu vou ter é quando der pra fechar as contas no final do mês!
Pois bem. Nesta semana internou-se um menino de uns 7 anos de idade. Tinha ingerido uns 3 kg de acerola com semente e tudo.
Tava privado. Já vinha de uma outra unidade de saúde onde tentaram extrair o produto de forma atabalhoada causando mais dor e sofrimento na criança.
À noite em visita às enfermarias encontrei o jovem sozinho no quarto, largado na cama, gemendo de dor e a mãe ausente fumando um cigarro.
No outro dia fui no Dadá, comprei R$ 6,00 daqueles brinquedinhos chineses e trouxe pro interno.
Precisavam ver a alegria nos olhos. Coincidência ou efeito dos medicamentos em 2 dias recuperou-se inteiramente, e hoje quando fui visitá-lo a cama estava vazia.
Recebeu alta à tardinha.
Pois é, descobri na prática, que a satisfação pessoal à que Terezinha se referiu existe mesmo.
Realmente meu amigo é um sentimento belicimo, parabén.
ResponderExcluirDr. Nelson, fiquei muito feliz por sua volta ao blog. Parabéns e boa sorte no hospital. Abraço. Vinícius Maia.
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