Bem-Vindo!!!

Todos os fatos aqui postados ocorreram da maneira como estão narrados.
Tirando uma mentira ou outra é claro!

terça-feira, 28 de junho de 2011

REMÉDIO PRA TARADOS

Nos idos da década de 40, residia lá pelas bandas de Marcelino Vieira, o Coronel Francisco Bento.
Homem já puxado na idade, mas firme como um tronco de aroeira.
Já na sua tenra idade demonstrava a vocação do bode que ia ser.
Não lhe passava nada na frente que não quisesse traçar.
Começou com as galinhas do terreiro, depois se aventurou com as ovelhas do chiqueiro, terminando por emprenhar a mucama que brincava com sua irmã.
Das negrinhas da cozinha, pras beatas que vinham rezar o Pai Nosso nas sextas, foi só um passo.
Tantas fez que seu pai lhe arranjou um casamento com uma contra-parente, na esperança que a “prima” lhe baixasse o fogo.  Contava Chico nessa época com apenas 15 anos de idade.
Até que nos primeiros meses Chico se aquietou.  Porém quem não teve sossego foi a esposa.  Era de manhã, de tarde e de noite, não havia intervalo pra descanso.
Passados um par de anos, Chico volta a atividade normal.
Quando adquiriu sua próprio Fazenda, havida de herança de seu avô, tratou logo de contratar os empregados pra tomar conta daquele fazendão enorme.
Os critérios de escolha logo ficaram claros, quem tivesse mulher ou filha bonita tava contratado.
Nesse ritmo o Cel. Logo formou um harém.  Tanto insistia e tanta lábia tinha, que logo passou por cima de todas na fazenda.
Como não era mau caráter de tudo, quando conseguia o intento, presenteava o marido com uma vaca.
Pela qualidade da vaca se tirava o carinho recebido.  Se era uma vaca parida e boa de leite, a coisa tinha sido boa.  Se era uma novilha magra, o tratamento não tinha sido muito do agrado.
Nem precisa dizer que logo contava talvez mais filhos do que gado na Fazenda.
Contra todos os prognósticos médicos, alcançou os 70 anos.
Os namoros escassearam, já que a lábia não compensava a velhice e falta de beleza.
Mesmo assim não se acabrunhou.
O cabaré de Dona Salete na vizinha cidade de Pau dos Ferros era a solução.
Um dia, ocorreu o que parecia impossível. 
O bingolim do Coronel não funcionou.
E assim permaneceu por muito tempo.
Procurou um médico que lhe diagnosticou a “doença do açúcar no sangue”.
- Vai ter de se aquietar Coronel.  O tempo bom acabou!
O Coronel foi pra casa pensativo e já começou as preparações pro enterro.
- Se não funciono, não preciso mais viver, pensou.
Eis que um dia, pouco antes da data marcado pelo Coronel, para seu “passamento”, chega na cidade um vendedor de remédios milagrosos.
O Coronel se consulta e o santo homem lhe receita um remédio
- Esse é tiro e queda Coronel.  Antes do “serviço” uns quinze minutos, o Sr. espalha por cima do bingolin. 
- Vai ser a melhor de sua vida!
O Coronel agarra a o remédio e se manda pra casa de Dona Salete.
Escolhe a cabocla mais nova e avisa:
- Vim passar a noite!
Entram no quarto e o Coronel imediatamente mergulha o bingolim na poção, que como prometido em 15 minutos está duro como uma rocha.
A festa dura a noite quase toda.
Quando se acorda de manhã, o Coronel dá uma olhada no biscoito e o bicho tá murcho, seco, uma coisa estranha de se ver.
Corre pra Dona Salete meio aflito, mostra a embalagem do remédio e pede pra ela ler o que está escrito.
Dona Salete bota os pincenez nos olhos, aperta a vista um pouco e decifra:
- Calosil.  Remédio para calos.  Endurece, seca, apodrece e cai.


Velho tarado

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