À pedido de Vinicius vai um pouco da historia do cachorro pernambucano:
Comanche cresceu rapidamente.
Tornou-se um exemplar espetacular de Fila Brasileiro.
Grande e forte impunha respeito não só pelo porte, mas também pelo latido que mais parecia um rugido dum leão.
Entretanto era muito dócil.
Quando chegava alguém ele dava um latido pra avisar que tava ali, e só encostava se desconfiasse de alguma coisa.
Acho que com uns 03 anos de idade as cachorras começaram a freqüentar o muro lá de casa. Eis que de repente Comanche aprendeu a pular o muro pra namorar.
De namoro em namoro aprendeu a farrear, e logo se ausentava por 3 ou 4 dias só voltando quando a fome apertava. Chegava magro só a cangalha.
Vc conhece quando a cidade está se desenvolvendo quando criam o primeiro Cabaré.
Teve Cabaré tá no rumo certo. É fato consumado.
Os mais antigos devem se recordar que o antigo Cabaré da cidade se encontrava onde hoje é a Lafaiete Diógenes.
Não o conheci. No meu tempo de rapaz era lá na frente da Livel, inclusive um dos prédios ainda se encontra de pé.
A Boite Alabama era a mais conhecida. Muito bem freqüentada não era só um encontro para os prazeres da carne. Muitos iam pra lá pra beber e dançar. Passando na estrada à noite dava pra ver a turma lá dançando.
Pois bem. Numa dessas noites, ainda cedo papai recebe um telefonema.
- Dr. Nelson?
- Sou eu mesmo.
- Aqui é do cabaré de Tiquim, dava pra o Sr. dar um pulinho aqui?
- Fazer o quê?
- Buscar seu cachorro que tá aqui.
Chegando lá encontrou Comanche deitado no meio do salão como quem não queria nada.
Não tinha música tocando, nem cliente dançando, e pior. Não teve cristão que tivesse coragem pra enxotar o dito cujo, que veio rebocado pra casa em cima da Pampa.
kkk... Esse cachorro soube aproveitar a vida.
ResponderExcluirAbraço,
Vinícius.