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Todos os fatos aqui postados ocorreram da maneira como estão narrados.
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quinta-feira, 28 de abril de 2011

POUSO FORÇADO - 2

Bom, nem preciso dizer que o domingo foi memorável.
Brejo das Freiras é maravilhoso.  O hotel encontra-se meio deteriorado, é verdade, mas ainda guarda a imponência que serviu como referência no passado.
Nem preciso dizer também que o assunto do dia foi avião.
Quando a discussão descambou pra os acidentes e os amigos mortos, fiz o seguinte comentário:
- Me preocupo em saber qual será minha reação um dia, se o motor parar.  Acho que dá pra pousar, mas é uma situação de alto risco que ninguém pode prever como vai se comportar.
Mal sabia eu que dali há poucas horas eu teria a resposta.
16:00 nos preparamos pra volta.  O amigo Jobinho, que tinha ido de carro com a esposa, foram ver a decolagem.
Élder checou a aeronave, entramos afivelamos o cinto, travou-se a porta, cheque dos instrumentos, intercon e rádio ligado, freios aplicados e partida.
O motor fez um barulho esquisito, mas logo normaliza.  Desligamos, descemos e concluímos que talvez tivesse sido areia no motor de arranque, já que a pista não era asfaltada.
Entramos de novo rechecamos, ligamos e começamos a taxiar pra cabeceira.
Aeronave alinhada com a pista, freio aplicado, potência total e marcha lenta.  Tudo perfeito.   Íamos mesmo decolar.
Acelerador totalmente pra frente e nosso pássaro começa a embalar veloz.
50 milhas e Élder já puxa o manche e despregamos do chão ganhando altitude rapidamente.
Pelo canto do olho vejo Jobinho e Gilsa acenando lá embaixo, já ficando pequenininhos.
Élder aproa no rumo de Pau dos Ferros, e peço pra ele subir até os 3.000 pés.
Após alcançar a altitude de cruzeiro nivelou a aeronave e deixou o ponteiro da velocidade embalar até ficar cravado em 75 milhas/h.
Eu atrás só curtindo a paisagem e aproveitando o vôo como passageiro...

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