Participei hoje de duas audiências na Vara de Família.
Duas tentativas de conciliação.
Dois problemas similares, duas situações extremamente distintas.
Em uma, discutia-se a separação de um casal paupérrimo. Na outra um casal abastado se separava.
Nas duas entretanto, a reação dos envolvidos foram as mesmas.
O ar amedrontado do Varão na ignorância do valor que iria ter de dispor, com a sensação de impotência também estampada no rosto.
Do outro lado da mesa a ex-esposa ressentida, achando que tinha direito a valores mais altos argumentando que, o agora ex-marido, estava escondendo sua real possibilidade.
Casos tão distintos e tão similares.
As reações foram as mesmas porque, embora os valores discutidos fossem exorbitantemente diferentes, os sentimentos ali entrelaçados eram iguais: raiva, amor, frustração, solidão e medo.
A dor foi igual em ambos os casos.
A dor da separação.
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