O início da subida foi tranqüila. O pessoal subiu na frente, e eu atrás com Cleodécio. No meio da Serra encontramos com Fernando mais suado que pano de cuscuz, procurando a bomba da bicicleta que tinha perdido no dia da queda.
Procurou, procurou, e a bomba não achou. Ainda encontrou foi a marca da bunda lá no monte de areia donde ele caiu.
Mais adiante, já vencido 80% da subida, eis que volta Luís Doido.
- Já cherguemo lá em cima, num me guentei e vim ver ocês.
Cleodécio já fechou a cara.
Nesse ponto estávamos nas últimas, com a marcha mais leve possível, subindo bem devagarzinho igual bicho preguiça se atrepando num pé de pau.
Luís emparelhou e tascou:
- Cês tão instruindo as pedalada!
- Como é a história Luís, perguntei.
- É sim, tem de aprumar a corrente nessa coroa do mei, pra ir mais ligêro.
Ora, nós já no último fôlego. Se botasse mais força estourava o bofe ou a prega mestra do fundo.
Cleodécio com sua educação duramente adquirida em 3 anos de casa do estudante em Natal, olhou pra Luis e disse calmamente.
- homi vá tomar no c*.
Luís achou graça e foi se embora.
Ainda restava enfrentar a famigerada Ladeira de Fausta, a maior e mais cruel subida que tem lá na serra.
Felizmente quando estávamos no meio, a galera lá em cima começou a nos incentivar:
- Morreram dois galados!
- Venham empurrando que chegam mais rápido!!!
- É Melhor voltarem que é só descendo!!!!
Mas completamos a via crucis.
O resto da subida foi mamão com açúcar.
Na entrada da cidade nos despedimos da turma que ia nas speed, e fomos para o mirante tomar uma Coca e se preparar pra descer a ladeira do Pêga, que devia ser bem fácil já que era só descendo...
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