Prepare o seu coração
Prás coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar...
Prás coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar...
Ontem encontrei com “Seu Zé de Mar” lá na Independência, vizinho ao Esquinão das Frutas.
Notei que ele estava mais agitado do que de costume.
Perguntei o motivo da alegria e ele me mostrou uns papéis que levava na mão e me disse:
- Comprei um túmulo no cemitério.
Puta merda, Seu Zé de Mar, já tá pensando nisso... pensei cá com meus botões.
Seu Zé de Mar, é o nome pelo qual é conhecido José Alves, um caboclo disposto que morava na fazenda em minha infância.
Mas a história de hoje não é sobre Seu Zé, e sim sobre uma figura que me “alembro” quando vejo Seu Zé: a história hoje é sobre o Boi Ceará.
O Boi Ceará era um boi de campinadeira como outro qualquer, que tinha domicílio e residência na Fazenda Bica, lá no pé da serra de Portalegre.
Eis que um belo dia Ceará sumiu.
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar....
Procura daqui, procura de lá, e nada de Ceará. Naquele tempo não tinha ladrão. Pois como é que um boi daquele tamanho some?
Mais de uma semana depois acharam Ceará caído na loca de uma pedra, na meia serra de Portalegre. Precisou de mais de dúzia de homens pra retirá-lo de lá, ainda vivo, mas muito debilitado.
Isso muito impressionou meu pai, que trouxe Ceará aqui pra Fazenda Arizona, pra ser o Boi de Carroça...
A parte 2 já tá aí abaixo...
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